E você? Saberia o que fazer?
Por: Aurea Lúcia Pioli -
Estagiária do Curso de Psicologia do NEVICOM – Núcleo de Estudos da Violência
contra a Mulher/Projeto de extensão da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Há alguns domingos atrás o programa Fantástico mostrou
um caso fictício em seu quadro chamado “Vai fazer o quê?” que mostrava uma
mulher tentando impedir o marido bêbado de dirigir o carro dos dois. Várias pessoas passaram enquanto a cena se
desenrolava e apesar de perceberem o que ocorria e até sentirem-se incomodados,
nada fizeram. Apenas duas das pessoas que passaram pela cena fizeram alguma
intervenção com a finalidade de ajudar a mulher a impedir que o marido bêbado
pegasse o carro.
Uma dessas pessoas era um
vendedor de sorvetes que deixando seu carrinho para trás, tentou conseguir um
táxi para que os dois pudessem ir para casa em segurança. Outra mulher,
moradora do prédio em frente à encenação, foi solidária e tentou apelar para a
consciência do homem, sensibilizando-o através de alguns apelos do tipo: “Você
tem filhos, pensa nos teus filhos...” Esta mesma senhora bem intencionada,
chegou até mesmo a oferecer a própria casa para que ele fosse até lá, tomasse
um café e se acalmasse.
Este novo quadro do Fantástico
estreou no mês de julho(21) e só no primeiro dia atingiu 20 pontos, o que
equivale a 62 mil domicílios na cidade de São Paulo (segundo publicado na Folha
de São Paulo do dia 23/07/2013 em reportagem assinada por Keila Jimenez).
Através destes dados, podemos fazer uma idéia do número de pessoas que, no
domingo dia 11 de julho, assistiu a encenação. O quadro mostra uma cena montada
por atores para colocar as pessoas nas mais diversas situações do cotidiano e
pode servir também para conscientizar a todas as pessoas das atitudes que podem
ser tomadas diante destas situações teatralizadas.
Através desta pequena atração
do Fantástico pode-se perceber que de fato as pessoas desconhecem que atitudes
podem, ou até mesmo que devem ser tomadas em uma determinada situação como a
que foi mostrada. Mostra ainda, que as crenças a respeito do que deve ser feito
quando se presencia um conflito entre casais é a prova de que o velho ditado
popular “Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” continua mais
arraigado do que nunca em nossa cultura. Muitas das pessoas que viram o
conflito relataram inclusive o medo de intervir por tratar-se de uma situação
que acontecia entre um casal.
EM BRIGA DE MARIDO
E MULHER, É DEVER DE TODOS METER A COLHER!
Casos de violência contra a
mulher não importando a idade que ela tenha, devem ser comunicados ao número
180, que é o número utilizado para fazer qualquer denúncia de violência. A
pessoa que denuncia não precisa ter medo, pois ela não será identificada,
ficando, portanto totalmente protegida. A Central de Atendimento à Mulher é um
Serviço do Governo Federal que auxilia e orienta as mulheres vítimas de
violência por meio do número de utilidade publica 180. As ligações podem ser
feitas gratuitamente de qualquer parte do território nacional.
Fonte: NEVICOM
Postagem: Anna Jailma/Equipe CREAS - Caicó RN